PRAIA DA FERRUGEM, Garopaba / SC (Sexta-feira, 22 de abril) – A “Capital Catarinense do Surfe” teve mais um dia de praia cheia e boas ondas na etapa de abertura do Circuito Banco do Brasil de Surfe. A sexta-feira começou pela estreia dos cabeças de chave do primeiro evento do World Surf League (WSL) Qualifying Series na cidade de Garopaba. Depois, as 32 participantes da categoria feminina fizeram suas primeiras apresentações nas direitas e esquerdas da Praia da Ferrugem. Apenas 16 seguem na briga do título e restaram 32 concorrentes no masculino, para disputar a quarta fase neste sábado em Garopaba, a partir das 8h00, com transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
As peruanas Daniella Rosas e Sol Aguirre fizeram os recordes femininos, conseguindo as maiores notas e somatórias das duas ondas computadas. Mas, todas as atenções da torcida que encheu a praia, foram para Sophia Medina e Silvana Lima, uma das atletas patrocinadas pelo BB Asset Management, que também patrocina as três etapas do Circuito Banco do Brasil de Surfe. Sophia conquistou o título sul-americano da WSL Latin America duas semanas atrás e estreou com vitória em Garopaba. Ela foi cercada pelo público, tirando muitas selfies no caminho da praia até a arena do evento na Praia da Ferrugem.
Sophia Medina entrevistada na tranamissão ao vivo do evento (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)
“É um carinho muito especial, essa galera é muito carinhosa e me sinto superfeliz por eles admirarem o que eu faço. Fico muito grata e isso certamente me motiva mais”, disse Sophia Medina, que vai disputar o Challenger Series em maio na Austrália. “Esta é realmente minha última parada antes do Challenger. Mas, quero viver momento por momento, sem pensar muito lá na frente. Agora estou aqui, então vou fazer o meu melhor para conseguir um bom resultado e ir ainda mais motivada para o Challenger”, reforçou a irmã do tricampeão mundial Gabriel Medina, que volta a competir este ano, na etapa da Indonésia.
A recém-coroada campeã sul-americana profissional com apenas 16 anos, um a menos de quando seu irmão ganhou o primeiro dos seus dois troféus da WSL Latin America, vai disputar a terceira batalha por duas vagas para as quartas de final do Circuito Banco do Brasil de Surfe neste sábado. Será um grande teste para Sophia Medina, pois vai enfrentar as experientes surfistas olímpicas, Silvana Lima e a equatoriana Dominic Barona, ambas com dois títulos sul-americanos no currículo. A guerreira Juliana Meneguel completa esta bateria.
Silvana Lima conseguiu a última vaga para o sábado em Garopaba (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)
Silvana estreou no confronto Brasil x Peru que fechou a sexta-feira, conseguindo a última vaga para a segunda fase. A disputa foi vencida pela peruana Sol Aguirre, que somou uma nota 7,30 para atingir o maior placar feminino na Praia da Ferrugem, 14,13 pontos. Apenas ela superou os 13,74 que a também peruana Daniella Rosas, registrou na primeira bateria das meninas em Garopaba. Daniella foi a recordista de nota, com o 8,17 recebido pela esquerda destruída por uma série de batidas e rasgadas de backside. A peruana venceu as duas últimas etapas do QS que participou nas últimas semanas, na Praia Mole de Florianópolis e na Argentina.
“Estou feliz por ganhar a primeira bateria neste terceiro campeonato seguido, mas na verdade em cada um eu comecei do zero, então tem que ir passo a passo”, disse Daniella Rosas. “Eu consegui me adaptar bem com essas ondas e me sinto pronta para as próximas baterias. Só as condições do mar que mudam bastante. Na bateria antes da minha (última do masculino), as ondas estavam muito boas, então eu tentei começar bem a bateria e fiquei feliz com meu surfe”.
Daniella Rosas fez as marcas a serem batidas na categoria feminina (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)
Daniella Rosas é uma das quatro classificadas pelo último ranking regional da WSL Latin America, para participar da batalha por dez vagas na elite feminina do Championship Tour de 2023. Além dela, a também peruana Arena Rodriguez e duas igualmente jovens surfistas do Brasil, Sophia Medina e a catarinense Laura Raupp, que ganhou sua bateria na sexta-feira. O Challenger Series começa com duas etapas seguidas na Austrália em maio, então o Circuito Banco do Brasil de Surfe é a última competição antes da viagem.
RECORDISTA DO DIA – Assim como na categoria feminina, o recordista do dia nas 16 baterias da terceira fase masculina, que abriram a sexta-feira na Praia da Ferrugem, foi um dos dez classificados pela WSL Latin America, para a divisão de acesso ao CT. Santiago Muniz é o único representante da Argentina no Challenger Series e fez a melhor apresentação dos homens, entre os 64 que competiram. Foi na última bateria, completando até um aéreo para atingir 15,50 pontos, igualando o 8,83 do paranaense Kainan Meira na quinta-feira, a maior nota do Circuito Banco do Brasil de Surfe.
“Primeiramente, quero agradecer a Deus por mandar umas ondas e eu poder aproveitá-las”, disse Santiago Muniz. “A Ferrugem sempre dá altas ondas e a bateria foi muito difícil, com amigos de bastante tempo, que a gente sempre se encontra nos eventos. Mas, tem muita coisa para rolar ainda e foi só um passinho agora. Estou feliz por estar tendo essas etapas no Brasil, ainda vai dar altas ondinhas e quero tentar me divertir”.
Santiago Muniz bateu todos os recordes na última bateria masculina da sexta-feira (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)
Santiago ficou em terceiro lugar na etapa que abriu a temporada 2022/2023 da WSL Latin America na Argentina, já valendo vagas para o Challenger Series do ano que vem. Os finalistas em Mar del Plata não estão em Garopaba, nem o peruano Alonso Correa e nem o campeão na final do sábado, seu irmão mais velho, Alejo Muniz. Ele acabou contundindo o joelho nas semifinais e teve que cancelar sua participação no Circuito Banco do Brasil de Surfe. Agora, Santiago pode assumir a liderança do ranking, para ficar tudo em casa.
NOVO LÍDER – Um novo número 1 na batalha pelas vagas da América do Sul para o Challenger Series 2023, será conhecido neste fim de semana na Praia da Ferrugem. A nova geração também está bem representada nesta briga, pelos catarinenses Leo Casal e Heitor Mueller, que dividem a quinta posição no ranking. Heitor estava fora deste evento e, só entrou na competição, quando Alejo Muniz anunciou oficialmente que não poderia participar.
Os dois se classificaram e Heitor Mueller ganhou a segunda bateria da sexta-feira na Praia da Ferrugem. Ele agora vai disputar a primeira do sábado, com um surfista da nova geração como ele, Daniel Matos, o bicampeão brasileiro Messias Felix e Edgard Groggia, que vai competir nos Challenger Series da Austrália. Leo Casal passou em segundo na bateria dele, vencida pelo experiente ex-top do CT e campeão brasileiro, Jihad Khodr.
Heitor Mueller já passou três fases desde a primeira bateria em Garopaba (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)
Leo está no terceiro confronto da quarta fase, com o também jovem Gabriel Klaussner, Marcos Correa e um dos destaques do Circuito Banco do Brasil de Surfe em Garopaba, Lucas Silveira. Ele ainda é um dos recordistas do evento, com os 15,83 pontos que totalizou em sua estreia na primeira fase da competição. Já a sua nota 8,50 da quinta-feira, foi ultrapassada pelo 8,83 que Kainan Meira conseguiu no primeiro dia e Santiago Muniz igualou na sexta-feira.
ATIVAÇÕES EXTRAS – Além da competição acontecendo dentro d´água, o Circuito Banco do Brasil de Surfe também promove várias atividades extras para o público na Praia da Ferrugem, como aulas de surfe, yoga, quadra de “beach tennis” e até espaço kids. Nos boxes montados ao lado da arena do evento, empreendedores locais clientes do Banco do Brasil, montaram lojas de biquinis, de pranchas, para expor seus produtos. Também haverá ações de sustentabilidade, como limpeza da praia com coleta seletiva do lixo e plantio de mudas na cidade de Garopaba.
Aulas de surfe, coleta seletiva do lixo e crianças no espaço kids (Crédito: Daniel Smorigo / World Surf League)
“Investir no surf é remar junto” é o lema do Circuito Banco do Brasil de Surfe, que está sendo realizado com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset Management, com esta primeira etapa contando também com o apoio da Prefeitura Municipal de Garopaba e da Rede Atlântida. O evento é transmitido ao vivo da Praia da Ferrugem pelo WorldSurfLeague.com e pelo Aplicativo WSL. As outras duas etapas serão realizadas em Salvador (BA) nos dias 12 a 15 de maio e em Ubatuba (SP) de 25 a 28 de agosto.
ABREM O SÁBADO DO CIRCUITO BANCO DO BRASIL DE SURFE:
QUARTA FASE – 3.o=17.o lugar (200 pts) e 4.o=25.o lugar (150 pts): 1.a: Edgard Groggia (BRA), Heitor Mueller (BRA), Messias Felix (BRA), Daniel Matos (BRA) 2.a: Wiggolly Dantas (BRA), Matheus Navarro (BRA), Roberto Araki (CHL), Pedro Dib (BRA) 3.a: Lucas Silveira (BRA), Marcos Correa (BRA), Leo Casal (BRA), Gabriel Klaussner (BRA) 4.a: Alex Ribeiro (BRA), Luan Carvalho (BRA), Artur Silva (BRA), Jihad Khodr (BRA) 5.a: Willian Cardoso (BRA), Igor Moraes (BRA), Rafael Teixeira (BRA), Diogo Santos (BRA) 6.a: Heitor Alves (BRA), Luan Wood (BRA), Deyvson Santos (BRA), Felipe Ximenes (BRA) 7.a: Peterson Crisanto (BRA), Cauã Costa (BRA), Luciano Brulher (BRA), Felipe Oliveira (BRA) 8.a: Santiago Muniz (ARG), Weslley Dantas (BRA), José Francisco (BRA), Fabricio Rocha (BRA)
SEGUNDA FASE FEMININA – 1.a e 2.a=Quartas de Final: ——–3.a=9.o lugar (350 pontos) e 4.a=13.o (295 pts) 1.a: Daniella Rosas (PER), Melanie Giunta (PER), Naire Marquez (BRA), Kemily Sampaio (BRA) 2.a: Laura Raupp (BRA), Yanca Costa (BRA), Taina Hinckel (BRA), Isabela Saldanha (BRA) 3.a: Sophia Medina (BRA), Dominic Barona (ECU), Silvana Lima (BRA), Juliana Meneguel (BRA) 4.a: Kiany Hyakutake (BRA), Sol Aguirre (PER), Isabelle Nalu (BRA), Julia dos Santos (BRA)
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo.
Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave.
Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System.
A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, afim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo.